Se tem um momento do casamento que me faz prender a respiração, é a entrada. Aqueles segundos em que todos os olhares se voltam para o altar, a música começa e o tempo parece desacelerar… É ali que mora a magia. Como jornalista que já cobriu dezenas de casamentos — e como romântica incurável —, aprendi que a música certa transforma esse instante em algo eterno.
Pensando nisso, reuni aqui 10 sugestões de músicas para a entrada dos noivos, divididas entre clássicas, modernas e emocionantes. A trilha perfeita pode estar nessa lista.
Clássicos que nunca saem de moda
A escolha por músicas clássicas é sempre segura — e emocionante. São faixas que carregam tradição e emoção em cada nota.
- “Canon in D” – Johann Pachelbel
Se você já foi a um casamento na vida, é provável que tenha ouvido essa. E com razão. O arranjo suave e crescente faz dela uma das queridinhas das cerimônias religiosas. - “Marcha Nupcial” – Felix Mendelssohn
A famosa marcha tocada em tantos filmes e cerimônias reais. Escolha certeira para noivas que querem um toque de realeza no seu grande dia. - “Ave Maria” – Franz Schubert ou Gounod
Sempre que ouço essa canção ao vivo numa igreja, me emociono. É uma opção linda para a entrada da noiva, principalmente em cerimônias católicas.
Para casais modernos e descolados
Nem todo mundo quer seguir o roteiro tradicional. Se você busca algo mais contemporâneo, mas ainda romântico, aqui vão opções que ouvi em casamentos inesquecíveis.
- “A Thousand Years” – Christina Perri
Essa virou praticamente um hino de casamento desde a saga “Crepúsculo”. O ritmo suave e a letra apaixonada combinam perfeitamente com a emoção da entrada. - “All of Me” – John Legend
Essa música me fez chorar — de verdade — na cerimônia de um casal que escolheu uma versão instrumental com violino. Tocante, atual e muito significativa. - “Perfect” – Ed Sheeran
Essa tem ganhado o coração dos noivos nos últimos anos. Seja na versão original ou em um arranjo instrumental, ela transmite carinho e admiração.
Emoção pura com um toque pessoal
Músicas que não são necessariamente de casamento, mas que ganham um novo significado quando viram trilha sonora de uma história de amor.
- “Hallelujah” – Leonard Cohen (versão instrumental)
A primeira vez que ouvi essa versão foi num casamento ao ar livre, com quarteto de cordas. A melodia arrepia e deixa o clima delicado e introspectivo. - “Somewhere Over the Rainbow” – Israel Kamakawiwo’ole
Com ukulele e uma vibe leve, essa escolha é perfeita para casamentos ao pôr do sol ou com clima praiano. Uma delícia de ouvir e cheia de significado. - “Thinking Out Loud” – Ed Sheeran
Sim, mais uma dele. Mas é que Ed Sheeran parece ter nascido para embalar casamentos. Essa faixa é romântica, atual e tem uma letra que diz tudo. - “O Leãozinho” – Caetano Veloso
Uma opção brasileira que foge do óbvio e encanta. Já vi casais entrando com essa versão cantada ou instrumental e, em ambos os casos, o resultado foi leve, delicado e muito afetuoso.
Qual a diferença entre música ao vivo e trilha gravada na entrada?
A música ao vivo tem um impacto emocional mais forte, principalmente em ambientes como igrejas ou cerimônias ao ar livre. Instrumentos como violino, piano ou quarteto de cordas trazem um ar solene e personalizado. Já as trilhas gravadas são mais práticas, permitem maior controle da execução e garantem que a música saia exatamente como o casal espera — ideal para cerimônias com logística mais simples ou com repertório mais moderno.
É possível misturar estilos musicais na cerimônia?
Sim! Muitos casais optam por começar com músicas clássicas e, ao longo da cerimônia, incluir faixas mais modernas. O segredo está em manter uma linha coerente com a identidade dos noivos e com o estilo do evento. Por exemplo, um casamento ao ar livre pode misturar Caetano com Chopin de forma super harmônica.
Quanto tempo deve durar a música da entrada?
A música da entrada costuma durar entre 1 e 2 minutos, dependendo do espaço do local e da velocidade da caminhada. É importante conversar com o celebrante e os músicos ou DJ para ensaiar esse tempo. Algumas músicas têm introduções longas — nesses casos, pode-se cortar ou ajustar o trecho tocado.
E se a música que queremos for muito diferente do convencional?
Não tem problema! Hoje, é cada vez mais comum que casais escolham músicas que fogem do tradicional. Já vi entradas com “Yellow” do Coldplay, “Here Comes the Sun” dos Beatles e até temas de filmes, como “The Shire” de O Senhor dos Anéis. O importante é que a escolha faça sentido para vocês.
O que levar em consideração ao escolher a música da entrada?
Considere o estilo da cerimônia, o local (igreja, campo, praia, salão), o gosto pessoal do casal, e se a letra da música combina com o momento. Em cerimônias religiosas, vale confirmar com o celebrante se há restrições quanto a músicas seculares.
Preciso de uma música diferente para cada entrada (pais, padrinhos, noiva, noivo)?
Não é obrigatório, mas é uma escolha muito comum. Usar faixas diferentes ajuda a criar uma progressão na cerimônia e marca os momentos mais importantes — principalmente a entrada da noiva, que costuma ter sua própria trilha.
É melhor usar a versão original ou instrumental da música?
Depende do estilo da cerimônia e da emoção que vocês querem transmitir. Versões instrumentais — com piano, violino ou quarteto de cordas — são ideais para manter o foco no momento e não na letra da música. Já a versão original, com voz, pode ser impactante quando a letra tem um significado especial para o casal. Uma boa alternativa é usar a versão instrumental na entrada da noiva e deixar a versão cantada para outro momento da cerimônia, como a troca de alianças.
Posso contratar uma banda para tocar só na cerimônia?
Sim, e isso é bastante comum. Muitos músicos ou bandas oferecem pacotes apenas para a cerimônia, com repertório previamente combinado. Há grupos especializados nesse tipo de evento, que adaptam músicas populares para instrumentos clássicos — uma opção elegante e versátil.
Como saber se a música escolhida será emocionante para os convidados?
O mais importante é que ela seja emocionante para vocês. Se a canção faz parte da história do casal, as pessoas vão sentir isso. Mas se quiser garantir um impacto geral, escolha melodias com arranjos suaves, letras significativas (se houver letra), e evite músicas com batidas muito rápidas ou clima muito festivo — esses estilos funcionam melhor na recepção.
Quanto tempo antes do casamento devo escolher a música da entrada?
O ideal é definir isso com pelo menos dois meses de antecedência. Isso dá tempo para ensaios, adaptação de versões instrumentais (caso necessário) e alinhamento com celebrante, cerimonial e músicos. Se você pretende contratar músicos ao vivo, quanto antes melhor — eles costumam ter agendas bem cheias.
Posso mudar a música da entrada na última hora?
Tecnicamente, sim — especialmente se for uma trilha gravada. Mas se houver músicos ao vivo ou coreografias envolvidas, qualquer alteração precisa ser comunicada com tempo hábil. Mudanças de última hora podem gerar confusão, especialmente se a música precisar ser ensaiada ou ajustada.
Existe alguma restrição em igrejas quanto ao tipo de música?
Sim. Algumas igrejas, especialmente católicas, têm restrições quanto ao uso de músicas seculares (não religiosas) durante a cerimônia. Nesses casos, músicas como “Ave Maria”, “Panis Angelicus” ou outras composições sacras são mais indicadas. Vale conversar com o padre ou responsável pelo local para entender as normas antes de definir o repertório.